A invasão dos produtos “inteligentes” e “ligados” Num artigo desta série, denominado “E se as maçãs tivessem internet?“, vimos como a tecnologia está gradualmente a entrar nas nossas vidas quotidianas e demos um olhar sobre o que poderá ser um futuro próximo, em que as nossas casas e os nossos carros comunicam para aumentar o nosso conforto e simplificar as tarefas da nossa vida pessoal e profissional. Mas esta revolução tecnológica não se limita aos espaços doméstico e pessoal. O mesmo está a acontecer na indústria, onde a sofisticação tecnológica se faz notar, entre outras coisas, pelo gradual e sistemático aumento do número de equipamentos munidos com sensores, cujos dados podem posteriormente ser analisados por técnicos especializados. Hoje em dia…
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Não podemos assumir que toda a gente que lê este artigo sabe o que significa Internet of Things e Smart Cities, porque aquilo que é óbvio para uns, pode não ser para outros, pelo que vamos apresentar estes dois conceitos, embora de forma ligeira. Internet of Things De acordo com a wikipedia, a Internet das Coisas (Internet of Things ou IoT) é a “interligação de dispositivos físicos, edifícios, softwares, sensores, atuadores e outras coisas eletrónicas, bem como a conectividade que permite que estes objetos colecionem e troquem dados”. Pela descrição, percebemos a natureza predominantemente tecnológica da Internet of Things. Quando o conceito apareceu, a sua aplicabilidade era maioritariamente para otimizar operações, com máquinas autónomas e relativamente inteligentes. Smart Cities Já…
Pela primeira vez na história o número de pessoas que habita em cidades é superior ao número de pessoas que habita fora delas, sendo que até 2045 estima-se que aquele número passe para dois terços da população mundial. Os resultados estão à vista: longas filas de trânsito, falta de lugares de estacionamento, problemas de segurança, problemas de eficiência e exposição das fragilidades de quem opera as cidades e, em alguns pontos do globo, falhas nas infraestruturas de distribuição de água, luz, telecomunicações, etc. Não admira que que os responsáveis pelas cidades se voltem para a tecnologia e a para o conceito das “cidades inteligentes” à procura de respostas. Muito embora elas existam, a tecnologia não tem todas as soluções e…
Muito se tem falado e escrito sobre a segurança dos carros autónomos, mas pouco sobre os seus impactos sócio-económicos e os impactos na paisagem urbana das nossas cidades. De acordo com dados do Deutsche Bank, o custo médio por milha do UberX nos Estados Unidos é de $1,50 o que faz com que já seja mais barato andar de UberX do que ter carro para cerca de 14% das pessoas nas 20 maiores áreas metropolitanas do país. Estas 20 maiores áreas metropolitanas representam cerca de 40% da população americana e para que a opção UberX seja mais barata, em média, para a totalidade destas pessoas, falta apenas a introdução de carros autónomos que, segundo as contas do Deutsche Bank, baixará…